quinta-feira, 10 de junho de 2010

Animações na TV (ou dissertação acerca de bons momentos passados em frente a uma coisa que dá imagens e som)

Estava hoje aqui sentado no meu escritório, e subitamente, como quem não quer a coisa, comecei a pensar em…

Iogurtes! Sim, isso mesmo, iogurtes! Há-os de todos os gostos, tamanhos, formas e feitios; da Danone ou Sveltesse, passando pelos inevitáveis (e preferidos de muitas dessas crianças que por aí andam) Yoco. Ah, a maravilha de um bom Yoco. Antes de mais, aquele boneco que se diz chamar Yoco tem todo ele uma personalidade… digamos… aventureira, não é? Gosto bastante do vídeo da gruta: uma confusão daqueles carrinhos pequenos, estão a ver, que os gajos põem a andar em cima de uns carris. Fantástico…

Aliás, a animação que encontramos, misturada com uma infantilidade estapafúrdia, no seio das publicidades de artigos para crianças é algo sublime (especialmente porque depois dos 11 anos passa a ser um bocado chato, digamos). Lembro-me agora de repente de dois grandes exemplos: Natal e cereais.

O primeiro é uma altura em que actualizo todo o meu conhecimento acerca de produtos infantis, em particular com os Babyborn’s e com a Ilha do Peter Pan. Sinceramente, penso que não poderei ser feliz num Natal sem recordar mais uma vez todos os fantásticos e excelsos atributos que um Babyborn da Zapf Creation (atenção, porque “só é autêntico se for da Zapf Creation”, segundo o anúncio - e isto com sotaque brasileiro, num jeito de só é áutêntxicu si for da Zapfi Criásson). Ah, nunca esquecerei também com maravilhada incredulidade a maneira como assistia a estes anúncios, e nem menciono o do Pirolipipi - ele faz xixi, enquanto esperava pelas notícias, ou pelos meus desenhos animados favoritos.

Quanto aos cereais, cada personagem é uma aventura. Estrelitas, Chocapic, Golden Grahams, enfim… Às vezes imagino-me a deixar de ouvir “E puff, fez-se o Chocapic”, mas sinceramente, não consigo… seria sinal ou que o mundo acabou, ou então que simplesmente estou com os fones postos e não ouvi o anúncio (não descurando a hipótese de ter ido arrear o calhau, dito defecar, enquanto passava o maravilhoso anúncio).

É de valor, portanto, esta sobrecarga a que somos expostos - sim, nós, cidadãos comuns - e que temos o prazer (ou não, tudo depende de toda a gente) de assistir e suportar. Anseio por assistir à publicidade em que o cão dos Chocapic participa num debate com o Teixeira dos Santos acerca das finanças, ou em que a Ilha do Peter Pan serve de pano de fundo a uma cimeira da ecologia. Ou mais ainda, sei lá, a Leopoldina a vender uma alfaia agrícola, ou o Yoco a dizer que os que mais gosta são os Marlboro, porque lhe fazem lembrar o tabaco que a avó fazia enquanto escravizava quatro guineenses nas plantações.

Hmm… tento dar uma conclusão de jeito a isto, mas não, foram apenas memórias, que me surgiram assim de repente, tal como quando puxamos um autoclismo e a água também vem de repente (eu pelo menos reajo sempre com incredulidade à vinda da água cristalina - claramente uma hipérbole, aqui - quando carrego naquele botão cinzento por cima da sanita).

Resta-me despedir, e coiso, e não sei mais o quê, e… epá, olhem, fiquem bem!

Um comentário:

  1. Ana Filipa Gonçalves11 de junho de 2010 às 11:08

    A imagem do Yoco a fumar um Marlboro é, e só poderia ser... muito vasquiana. Loooool

    Parabéns por um texto muito ao estilo "Vaske", em cada palavra e expressão... Especialmente nas referências ao mui aliviado momento que é *gar! looool Miss U*

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